Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Eu queria escrever-te umas quadras diferentes
Daquelas repletas de amores e de pó
Versejar constante, consequente e urgente
Onde o protagonista acaba sempre só
Quadras dispersas, distintas, pontuadas
A roçar um ponto algures na emoção
À beira do abismo, arriscada escalada
Ao ponto mais alto que tem o coração
Mas se eu cair tonta, das altas alturas
Por sobre os penhascos das linhas da mão
Peço que a feches, que em boa ventura
Sentirás parar o meu coração
Mantém-na fechada que o risco do susto
Pode arredondar os teus olhos e então
As pupilas lassas revelam-te a custo
Que sou mais uma linha na tua palma da mão
Mas se eu cair tonta, das altas alturas
Por sobre os penhascos das linhas da mão
Peço que a feches, que em boa ventura
Sentirás parar o meu coração
O meu coração