Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Aldina Duarte
Fiz minha casa ao relento
De cinzas, a minha cama
Sem abrigo, como o vento
Sem destino, como a chama
Fiz as pazes com a guerra
Fiz punhais de grandes mágoas
Sem remorsos, como a terra
Sem limite, como as águas
Dei fim a tudo o que quero
Para voltar ao início
Fiz da crença, desespero
Do caminho, precipício
Fiz do gesto, a desmedida
Da perdição, o meu norte
Sem sentido, como a vida
Sem regresso, como a morte
Fiz da terra o meu tormento
Do fogo, devastação
Como as águas, como o vento
Sem rumo nem direcção
Fiz do vazio pensamento
À espera de redenção