Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Nuno Prata
Volto para casa a pensar na mesma coisa
Mas, vendo bem, a coisa até mudou
Não necessariamente para melhor
Ou melhor
Para melhor, para melhor:
Quando a coisa muda é sempre para melhor
Ainda que
Volte para casa a pensar na mesma coisa
Ou noutra coisa que é a coisa, se mudou
Independente, intrasigente, e ainda
Completamente indiferente ao que eu quis
Ao que eu fiz e ao que eu sou
Eu
Já fiz de tudo para definir a coisa
E, engraçado, a coisa é tudo o que eu não sou
Não desespero mais, sei que esperando
De vez em quando se a coisa muda
É porque algo em mim também mudou
Então, espera um pouco por mim
Já foi maior a aflição
Eu já estive mais perdido
Só de olhar o mapa da palma da mão
E agora em casa penso já numa outra coisa
Não nessa coisa em que a coisa se tornou