Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Os helicópteros sobrevoam como insectos gigantes o aeroporto deserto. Corro a esconder-me no hangar abandonado quando os carros da polícia passam a toda a velocidade pela via rápida: luzes e sirenes ligadas. Não me sai da retina, a imagem dos corpos empilhados numa gigantesca tocha humana para impedir a propagação de doenças. Nem o olhar impassível do pivô de televisão, ao anunciar o recolher obrigatório permanente, depois de confirmados os efeitos mortais da vacina, até então administrada
Supostamente para prevenir o contágio. Os alertas para essa possibilidade tinham sido sistematicamente denegridos como emanações da teoria da conspiração, mas, afinal, revelavam-se verdadeiros
Pois, pois, conspiração!
Ah! Ah! Conspiração!
Os helicópteros afastam-se agora em direcção ao centro da cidade. Aproveito para atravessar a pista do aeroporto e desaparecer no bosque que a circunda; nas ruínas calcinadas do antigo bairro operário, não consigo deixar de me interrogar se a mortandade foi mesmo deliberada – como muitos vaticinam – ou mero acidente provocado pela ânsia de lucro e da colocação no mercado do produto mal testado. O certo é que a pandemia não passou dum colossal embuste mediático destinado a predispor o público à vacinação
Pois, pois, conspiração!
Ah! Ah! Conspiração!
Com que então, conspiração!
Ah! Ah! Conspiração!
Pois, pois, conspiração!
Ah! Ah! Conspiração!