Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Mão Morta
Silenciosas imagens de tanques de guerra
Reflectem na penumbra das paredes
Estranhas geometrias de morte
Logo imitadas pelos amantes
Nos amplexos em que o amor encerra
A fúria do seu desnorte
Percorro
Solitário
Esquivas paisagens mentais
A que só o jogo sexual
Nas suas incertezas e possibilidades
Pode atribuir sentido
E quando as mãos que correm o corpo tenso
Na carne rija cravam os dedos
Abrem os tanques um fogo tão intenso
Que se quebram os segredos
Percorro
Solitário
Esquivas paisagens mentais
A que só o jogo sexual
Nas suas incertezas e possibilidades
Pode atribuir sentido
A que só o jogo pode dar sentido
Vão-se as lagartas dos tanques
A pisar o denso canavial
Deixando aos amantes os lumes estanques
Do repouso carnal