Volto Já

[Estrofe I]
Eu continuo com o olhar fixo nessa avenida
Nesses becos onde os meus putos perderam a vida
Apesar de tudo o tempo diz que a vida segue
Sem crença mas rezando que o amanhã chegue

Que traga um novo dia mesmo que não haja pão
O importante é que haja vida e um abraço de irmão
Mesmo sem moedas no bolso, transponho o portão
E recebo um mega Props de quem baixou o Sound

E pergunta de seguida pelo SS
É a saudade de quem sente, de quem reconhece
A magia, a mística por trás da lírica
Do homem que domina a mímica

Sou a relação entre o lápis e a cassete
Entre fascículos, Mini Disc e a disquete
Sempre aqui respirando isso a tempo inteiro
É o rapaz da Avenida 21 de Janeiro

[Refrão]
Eu vou mas confesso que não é o fim
Faltam forças mas não estamos no fim
Eu vou mas confesso que não é o fim
Faltam forças mas não estamos no fim
Eu volto já (2x)

[Estrofe II]
Sozinho nessa estrada tudo parece tão distante
Mas com fones nos ouvidos, isso é irrelevante
E mais quando a mensagem da cara-metade cai
(...)

Procuro pedaço de terra para construir o que penso
Luto com sentimentos que nem sempre venço
Mas não me entristeço pois aprendo com tudo
O sol brilha, o elogio ilude mas eu não me iludo

Não dobro joelhos simplesmente acredito
Num homem evolutivo em direcção ao infinito
Descobri que sou o miúdo que não teme o futuro
Descobri que sou o miúdo que não teme o escuro

Me orgulho das pegadas que deixo por onde passo
Cada sorriso sincero embutido num abraço
Domestiquei a arrogância algum tempo atrás
Hoje há pouca noção da falta que ela me faz

[Refrão]
Eu vou mas confesso que não é o fim
Faltam forças mas não estamos no fim
Eu vou mas confesso que não é o fim
Faltam forças mas não estamos no fim
Eu volto já (2x)