Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Um dia tudo acaba
Sem perceberes porquê
Num acorde de guitarra
Vês o mundo
Mas ninguém te vê
As sombras
Que falam
Te ouvem
E dizem:
"Eu sou a noite"
Então sentes o frio
Duma qualquer cidade aberta
Sabes que as ruas estão contigo
Só o teu corpo está em parte incerta
O vento
Que gritas
Mais alto
Que o nome
Que o medo de ti...
Desenhos
Desejos
Nos lábios
No sangue
Duma parede qualquer
E sobre a mesa um mar fechado
Uma aguarela feita de luz
Um passado nunca acabado
E um beijo que alguém depôs
Palavras
Traídas
Que fogem
E dizem:
"Não me deixes nunca"
Aqui o tempo não é tempo
É só um chão que ninguém pisou
Trazes um louco no pensamento
E um Verão que se eternizou..
Estradas
Que soltas
Dos olhos
Dos mundos
Que trazes em ti...
Desenhos
Desejos
Nos lábios
No sangue
Duma parede qualquer
Há um mágico
Que não cabe nas tuas mãos
Trá-lo no peito
Com a força do trovão
E cada passo
É mais distante do que o que vês
Talvez bastante
Talvez discreto
Para mostrar quem tu és
Mágico