Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa
Escondo-me noutra pele
E passeio sem ninguém me ver
Acelero ao sinal vermelho
E regresso para me perder
Os olhos na estrada
O corpo no vazio
Nas mãos um volante de fogo
E a cada néon um cigarro
Um prazer demorado e longo
Põe o teu corpo perto de mim
Deixa que o chão nos engula a sombra
Não pode haver engano num momento assim
E de repente a tua voz na minha:
Noite perfeita
Tu és perfeita
Noite perfeita
Tu és perfeita
(Sempre te soube perfeita)
Aperto o deserto nos dedos
Como se fosses um corpo de areia
Ao longe os comboios são loucos
E louco é o meu olhar que vagueia
Os braços no capôt
As pernas contra o chão
Não há desejo pior que a vontade
E nos faróis escondes o medo
De quereres esta liberdade
Põe o teu corpo perto de mim
Deixa que o chão nos engula a sombra
Não pode haver engano num momento assim
E de repente a tua voz na minha:
Noite perfeita
Tu és perfeita
Noite perfeita
Tu és perfeita
(Sempre te soube perfeita)