Insanidade

[Verso 1]
Meu estilo é insano, os manos to representando
Pra safado não passo pano, uso palavras não cano
Os fieis eu vou vingando, neles sempre to pensando
Sigo meu caminho mesmo se contra estiver ventando
Não to cometendo engano, os fardados tão forjando
Lotando todas penita os preto tão encarcerando
Não ouço papo de fulano, erra igual humano
Reclama de todo mundo, nem é mediano
O cérebro to exercitando, musica to respirando
Você tá me observando, to te dilacerando
Na sua mente vou entrando, verdades vou soletrando
Tenta fugir do destino, vai se anestesiando
Não quero charuto cubano, nem terno italiano
Quero apenas o chá com proceder jamaicano
Contra tudo vou rimando, amando e continuando
Por nada e por ninguém, ficarei ajoelhando
Não sou profano, sua amizade não estou mendigando
Se não curte minhas idéias, já pode sair ralando
Amores se falsificando, amizades se enganando
Mas somente os de verdade, estarão te segurando
Por dinheiro estão plagiando, estão, se humilhando
Esquecem da sua virtude a família não ta honrando
Estou sempre caminhando, planta fêmea procurando
Saí lá de Recife em Floripa eu tô cantando

[Refrão]
Madrugadas a dentro, a insonia me domina
Caneta papel e mão, rodeado na neblina
O mundão não perdoa, querem te jogar fora
Te forçando a abrir, a caixa de pandora
Madrugadas a dentro, a insonia me domina
Caneta papel e mão, rodeado na neblina
O mundão não perdoa, querem te jogar fora
Te forçando a abrir, a caixa de pandora

[Verso 2]
Muitos tão traficando, outros tão assaltando
Porque a sua família o governo, não ta ajudando
Não está educando, o bairro não ta melhorando
Nada fazem pelo povo e ficam se vangloriando
O salário chega acabando, o patrão, vai enricando
As custas do funcionário que ta ali trabalhando
Suando se esforçando, pra continuar trampando
Dificilmente seu salário estará aumentando
Não me iludo com mentiras, estou sempre questionando
Um fino já to queimando, os olhos tão abaixando
O cheiro vai exalando, meu remédio eu to fumando
Vários tipos de erva sempre diversificando
Palavras vou atirando, direitos reivindicando
Na rua tão protestando, mas nada ta mudando
Vários pretos estão, no caixão entrando
Morador de favela o estado tá exterminando
Sigo observando, meu país desandando
Corrupto vale o que gato vive enterrando
Políticos tão cheirando, coca estão embarcando
Padres tão estuprando, pastores enganando
A TV manipulando, só merda tão divulgando
O rap é feito praga, no gueto proliferando
Tomando conta das ruas, cada esquina revelando
Um coração humilde em palavras se expressando

[Refrão]
Madrugadas a dentro, a insonia me domina
Caneta papel e mão, rodeado na neblina
O mundão não perdoa, querem te jogar fora
Te forçando a abrir, a caixa de pandora
Madrugadas a dentro, a insonia me domina
Caneta papel e mão, rodeado na neblina
O mundão não perdoa, querem te jogar fora
Te forçando a abrir, a caixa de pandora