Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Os meus olhos são uns olhos
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos
Não vêm escolhos nenhuns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos
Não vêm escolhos nenhuns
Quem diz escolhos diz flores
De tudo o mesmo se diz
Onde uns vêm luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz
Onde uns vêm luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz
Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente
Uns veêm pedras pisadas
Outros, gnomos e fadas
Num alo resplandecente
Uns veêm pedras pisadas
Outros, gnomos e fadas
Num alo resplandecente
Inútil seguir vizinhos
Querer ser depois ou ser antes
Cada um é seus caminhos
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes
Cada um é seus caminhos
Vê moinhos, são moinhos
Vê gigantes, são gigantes