Bom dia

Melhor que dar bom dia é recebê-lo
Noto o apreço no aperto do abraço, no convite à entrar no lar
Pincel que risca o ar, a represa é o meu mar
E oGrajaú meu habitat natural visceral
Eu sou parte do todo, o tempo novo o gozo jocoso
A contemplar toda essa exposição a céu aberto
Em contato direto com o olhar
Provar do sabor de saber é degustar
Tudo que há de bom a se viver
Do mal não esquecer mas telo como um aprendizado
O passado os seus propósitos, para o novo ainda inóspito
Compreendendo a dúvida no óbvio o próprio
Eu mesmo a decifrar a cada instante
Um novo ponto de visão um ser pensante
Que cagueta no semblante quando a emoção transborda a alma
Ter cautela e calma é raro, paro então respiro
Piro um pouco só de leve que o bem reverbere
Pois o bem enaltece o dom de fazer jus ao ser de luz no som
Que ilumina na rima e faz incandescer pra quem escuta
A luta continua, uma lauta diferente a cada dia
O diferente é que agora eu me sinto pronto pra frente
Em sintonia com o meu eu no apogeu da consciência
Resgate da essência necessário pra saber que Deus, tem eu no meio

Do que é novo é, fora do umbigo é
Pela soma das nossas ignorâncias definido
Se não há quem ateste, novo é a peste
Insiste em esperar a salvação, sermão, localização
Ressalva, calma, observação dos tempos idos
Perdido cansado olhe para trás para aprender mais
E vai brotar, acordar, acordar, aprumar a raiz, aprumar a raiz
Que tudo falha mas não tarda, o dia da caça rapina
A tempo ensina coerente nada, nada lamente
Vai encruar desbotar a semente, nada, nada valente