Automatologia

[Letra de “Automatologia”]

[Verso 1: Bob Da Rage Sense]
O homem computador foi criado ou melhor inventado
Veio com um chip no encéfalo implantado
Contra a revolta pessoal e coletiva foi configurado
P’ra obedecer o criador ele foi programado
A automatologia não é mais fantasia
De filmes de ficção científica nem teoria
De escritores de romances, sonhadores avançados
No tempo atual adiantados
Homens modernos com pensamentos artificiais
Filosofias superficiais, sentimentos circunstânciais
Consoante a ordem dada, carregada
No controlo remoto, em ultra-violetas enviadas
As leis servem p’ra regrar, controlar, desencorajar
Ou então castrar os que se querem revoltar p’ra se libertar
Desperta mesmo na hora certa e pronto
O mundo anda todo tonto enquanto pica a puta da ficha de ponto

[Refrão: Bob Da Rage Sense]
Somos a nova ordem, palavra de ordem desordem
Robots da merda acordem e revoltem-se contra os que nos fodem

[Verso 2: Bob Da Rage Sense]
Super-concentrado, pelo ecrã hipnotizado
Colocado com os dedos no teclado
Tornado num escravo pelo lucro monetário
Matando-se continuamente em nome do salário
Aparentemente são humanos mas não são humanos
São como a verdade que não é mais purisimplesmente verdade
Porque na actualidade a verdade de verdade fundiu-se com 90 graus de átomos de falsidade
Passando então apenas a ser meia-verdade
E tudo também depende da sua escassa capacidade
Do ponto de vista Darvinista da identidade
Que se cruza kom ela na diversidade sociedade regrada guiada
Pelas fábricas de lucro económico
O coração perdeu a carne tornou-se electrónico
Não funciona mais biologicamente, agora funciona através de estímulos publicitários
Os encarcerados mortos ou revoltados são vários
Mas têm todos a mente apática
Porque foram regrados pela porcaria da informática

[Refrão: Bob Da Rage Sense]
Somos a nova ordem, palavra de ordem desordem
Robots da merda acordem e revoltem-se contra os que nos fodem

[Verso 3: Fuse]
Daqui há um século compramos oxigénio a crédito
Não me sinto endividado porque respiro a vida à sério
O teu relógio biológico é analógico
O teu coração faz tik-tak em piloto automático
A sociedade é fabrico produtivo
Ao serviço de um governo que te cobra um dividendo vitalício
Na selva urbana és makako de galho em galho
Não pagas renda ao tarzan o senhorio é o Cavaco
O nosso planeta é um condomínio fechado
Somos proprietários voluntários do caos organizado
É dificil ser puro escravos do consumo e duro
Somos chicoteados pelo brilho do ouro do novo mundo
Há pessoas muito mesquinhas ouve lá não há desculpa
Estão demasiado ocupadas a serem filhas da puta
A dependéncia intensa da aparência
É uma escada rolante p’ra ignorância
Não sejas automático não és droid és humano
Não és formiga não carregues a vida como um fardo
Tú és búzio perdido no fundo pacífico
Quem é que define o que é a liberdade de espírito
(Ninguém define o que é a nossa liberdade de espírito)

[Refrão: Bob Da Rage Sense]
Somos a nova ordem, palavra de ordem desordem
Robots da merda acordem e revoltem-se contra os que nos fodem