Cada passo pesado do meu caminho
Carrega a leveza da liberdade
De se acompanhar sozinho
E encontrar sua identidade
Idade matura a mente
Rejuvenesce a carne
Ambulante cultural
Sem rótulo de personalidade.
Nossa feminilidade
Contagia pelos poros
Vim tocar no coração
E não vou perguntar se posso
É sem decoro o meu colóquio
E o conteúdo é todo nosso
Falador eu sei que existe
Mas esse não é meu foco
Quantas vezes já cantei
Vou cantar muitas outras mais
Sobrevivência da s.e.l.v.a
Não cancela o sonho jamais
Vencer desafio pra nós já é vício
Desde o início
Só fica mais fácil quando tá difícil
Ossos do ofício
Que pela arte eu faço o sacrifício
De rolé em becos e vielas
Sem marrinha, sem panela
Mais respeito a todas elas!
Amor vale mais do que papel moeda
Um relato em rima de uma vida de menina
Mesmo não sendo a sua é tão comum que contamina
Me mandaram ficar quietinha
Ir me divertir na cozinha
Lavar uma louça, a roupa, um chão,
Esquentar no fogão e esfriar na pia
Dou o meu rolé de skate
E tô vivendo o que eu queria
Tá no muro o meu graffiti
E o meu RAP é o que me guia!
A união!
É o que segura
Reciclando Pensamento
Em busca da melhor mistura
Com muita classe
E sem frescura
Nem suja, nem pura!
Não há melhor raça
E se quer saber a minha..
Vira lata