[Refrão]
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto, mas tanto não chega, tanto não chega
[Verso 1]
A minha ambição desperta-me com um par de estalos
Eu começo mais cedo
Sou só um ser humano numa corrida de cavalos
Eu esfrego a vista a ver se enxergo mais
E vejo que chego mais à frente sem meter o preto no branco
Eu tenho muitas mais cores em busca de dias melhores
Sem pedinchar favores, pretensioso no que toca a rumores
Seletivo em amores e avareza estampada no rosto
Com todos os vossos podres
Porque a vida me ensinou a ser assim
A mal ou bem sou eu que vai decidir qual é o meu fim
Seja com os pés no chão ou perdições de cetim
Consciente do meu latim, não muda o mundo
Mas poderá dar início a um motim
[Refrão]
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto, mas tanto não chega, tanto não chega
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto, mas tanto não chega, tanto não chega
[Verso 2]
O suor escorre-me do pescoço, projetos eu já tenho um poço
Dupla personalidade neste corpo sem esboço
Em noites frias e sós eu sinto que não posso
Uma depressão crónica
Que não me deixa escrever há mais de um ano
Mas Praso, a malta nega, eu não reclamo
Solidário comigo, eu e o meu ego consigo
Vão-me educando com
Cada palavra que digo e confesso que sou o meu melhor amigo
Que me afasta do perigo e interioriza o que digo
E não me chames individualista
Não me ponhas nessa lista
Percebe quem funciona sempre em horas extra
À parte dessa fraude que chamas cultura
Porque essas estatuetas de barro nunca chegaram a escultura
[Refrão]
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto, mas tanto não chega, tanto não chega
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto, mas tanto não chega, tanto não chega
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto, mas tanto não chega, tanto não chega
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto, mas tanto não chega, tanto não chega
Tanto Não Chega was written by Praso.
Tanto Não Chega was produced by Praso.
Praso released Tanto Não Chega on Fri Oct 18 2013.