Paraísos em Caos

[Intro]

[Verso 1]
Como explicarias a um puto de doze anos
Que a razão dos calos nos seus pés são os teus diamantes?
A jante do teu bote [gasóleo?]
A lente dos teus óculos
O copo de vinagre que usas para esses músculos
Eu produzo o [?] bola, coze a camisola
Recebe uma esmola e em negação a pontimola
Um bairro de lata patrocinado por um genérico da Coca-Cola
Miséria é como a vossa inveja
Não descola
Há pouca gente atenta
Presunção e água benta
Efeito secundário de quem bebе e nem sequеr rebenta
Saber o que experimenta ou do que é que se alimenta
Nem que para isso tenha explorado
Um aliterado país da marrabenta
Tu não, mas também não lhes dás a mão
Filantropia é paranoia como coroas sem jóia
Por elas julgamos, batemos ao estilo de Tróia
Miúdos descalços ao estilo do Tom Sawyer

[Refrão]
Transformam paraísos num caos
Transformam paraísos num caos
Transformam paraísos num caos
Transformam paraísos num caos

[Verso 2]
Mas sem camera sem imprensa
A história não compensa
Eu vejo a intensa [?] que se passa na própria cabeça
Os filhos dos outros rendiam mais
Ser defendidos pelos pais
Procurar diamante e baixar o preço desses cristais
Tu não percebes o truque
Só me saem [?] maluco
Empatam-te no facebook e distraem-te com novos looks
Ideias? chiques
Milhares de [dicks?]
Roupas em saldos em boutiques
À espera que te identifiques
Novos preços, escondes adereços
Batom para os [?] da tua miúda mudar de figura
Porque de resto já não muda
Parece que passou uma adolescência tesuda
Parece que passou a adolescência tesuda
Pergunto para onde vais
Guardar tantos bens materiais
À pala dele já se formalizaram cinco ou seis funerais
Mas no fundo tu financias vítima do que renuncias
Mas fazem as delícias de quem tu caricias

[Refrão]
Transformam paraísos num caos
Transformam paraísos num caos
Transformam paraísos num caos
Transformam paraísos num caos

Transformam paraísos num caos
Transformam paraísos num caos
Transformam paraísos num caos
Transformam paraísos num caos