Foi proibido, dizem eles que o fruto prometido é deles?!
Eu cá deslizo pelas lombas do cupido sem vê-los
E vou pisando em paradigmas p'ra que o fim não venha a mim
Fazer das suas. E é por isso que eu aprendi com o tempo
E já que alguém me mostra a pradaria à beira mar plantada
E p'ra que colha a flora viva, cá me viro a semea-la
Eu vim do nada e vi que tudo o que me davam era "imagem":
O reflexo da miragem à qual chamam realidade
Pus os pés no chão e pus de parte a pauta por minutos
P´ra poder contemplar as palavras na palma, em ponto bruto
Pronto puto, já te emancipaste por segundos!
Agora canta com este lustre, pela ponta da tua fonte de luz
Fechei olhos ao ódio, e à tristeza neste mundo
Tentei poupar corações e ver cascatas nas tuas lágrimas
Que enquanto eu fugir à responsabilidade de graúdo
Sei que p'l'um momento efémero vou ter fé na humanidade. Mas
A vida continua a dar-te calma
P'ra pintar a tela em tons de sábios do passado
Em aguarelas cristalinas, quis a minha sina ser fiel
À sorte que fabrico sem químicos, em papiro
(Refrão)
Porque esta vida é um negócio, eu fiz as contas no papel
Troquei imagens e palavras p'ra viver a vida em pleno
Eu sou um sortudo e vim do nada, deram-me tudo e antes que acabe
Eu quero viver a vida em pleno!
Se mentes semeias sementes de desconfiança
Somente p'ra veres que quando as colheres a rosa tresanda
E quando escolheres o que pões na colher, abranda. Mano abranda!
Que o mundo é insano, mas a lucidez comanda
Se a fada dos dentes bazou e o pai natal arrumou as botas
O coelho da páscoa pulou p'ro nada e ficou a revolta
Se vires que é nada, nada p'ro passado e procura a clarabóia do prazer
Depois diz se encontraste a bóia p'ra magoa...
E se vires mil lágrimas passadas
Faz delas uma cascata, e a vida dá-te calma
Vê tudo o que sonhaste e veste o hábito
De ver um lar na Terra, o planeta é a nossa casa
E o máximo é o teu limite!
E se quiseres mover montanhas o limite não existe
A consequência é felicidade e eu sempre quis
Dar fogo à minha alma e agradecer por existir