Sinto-me oprimido nesta imagem do que é ser humano
Omitem o que é óbvio, um individuo nunca irá ser tanto
Quanto dizem. O céu é o limite? Ignoram o grande plano:
Os homens lutam p'ra ser ricos, não p'la liberdade mano
Não à igualdade! Insano eu sou. Sigo sem ter margens
Escrevo o meu capitulo em sangue, suor e lágrimas
Sinto o seu calvário numa sina simples. Puxo deus aparte
E digo: assina aqui, agora eu vou viver emancipado
E assim eu sei que p'los meus passos sigo o coelho até à toca
Apressado p'ra ver tempos d'outra forma
Sentado a ver se falo claramente do presente à minha volta
Antes que eu me apague e o expresse d'outra forma
Antes que o cigarro leve o vento e não se importa
Que a ordem das ideias esteja torta
Que a horda destas cordas que se amarram à minha volta e me sufocam
Se amotinem e me mutilem na desordem
Das ideias que abomino mas não deixam a minha lógica
Sou uma atracção turística p'ra quem procura respostas
Sou lucifer ou cristo ou quem pagar mais pl'uma hora de um serviço de psicólogo
Porque afinal tenho princípios e principalmente eu sei disso bem
Já gastei horas num sufoco que as mantém em mim
Também procuro em ti aprender e crescer, por isso é que pensei
Que nunca o mundo deixaria o miúdo aquém
Das expectativas, são nocivas quando irrealistas
Batem na minha sina e colidem com os meus ideais, mas mãe
Não vou ser pessimista e posso não seguir p'la pista
Mas nunca irei decepcionar-te, eu vou dar cem
De mim. E eu sei, aqui, quem sente o beat e espera que eu o agarre
Como se não houvesse mais hipóteses p'ra singrar
Como se o infinito visse em mim a única oportunidade
Do universo ouvir as frases p'la eternidade
Mas faço o que amo, juro, vivo p'ra estes versos
Revelo o meu intelecto por tudo o que eu escrevo
E sou severo, e a indiferença só revela o meu desprezo, eu sou sincero
O humano mata o meu interesse em ter interesse. É interessante
Eu sempre fui seguro de mim mesmo
Até explorar-me pelas linhas do que eu penso
Realmente esta tinta traz-me epifania e lembre que se algum dia eu vir-me um astro, vou ler-vos o pensamento
E dar-vos o que precisam e iluminar-vos o caminho agreste. A vida é uma procura que não encontras
A leste do paraíso. Um mestre deu-me o que eu preciso numa bússola e num pergaminho
E até ao limbo eu vou andando sem destino
A deixar pegadas e a calca-las com o que eu calço. Os meus sapatos
São a minha alma e eu vou deixar-vos calça-los
Na minha musica? Entranhem-se! Vou deixar-vos espantados
Quando virem que musica é vida e eu não vou deixar assassina-la