Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Meu amor, de madrugada
Quando te perdes me perco;
Quando a vida está calada
Entre os braços que te cerco
Renasce o lume, e alumia
Faz-se unidade uma idade
Em que é noite e paira o dia
Sem memória nem vontade
E assim se treme e se trama
A teia do que nos falta:
Cada lugar minha cama
Cada cama é lua alta
E de repente aparece
Um silêncio entretecido
Em que já nada apetece
Em que tudo tem sentido