Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Camané
Era uma noite apressada
Depois de um dia tão lento
Era uma rosa encarnada
Aberta nesse momento
Era uma boca fechada
Sob a mordaça de um lenço
Era afinal quase nada
E tudo parecia imenso!
No meio do vendaval
Imensa a linha da vida
No seu desenho mortal
Imensa na despedida
A certeza do final
Era uma haste inclinada
Sob o capricho do vento
Era minh´ alma, dobrada
Dentro do teu pensamento
Era uma igreja assaltada
Mas que cheirava a incenso
Era afinal quase nada
E tudo parecia imenso
Imensa, a luz proibida
No centro da catedral
Imensa, a voz diluída
Além do bem e do mal;
Imensa por toda a vida
Na descrença total