Pequenos Nadas

[Refrão: João Pestana]
Ultimamente tenho andado só assim no meu cantinho
A ouvir Sérgio Godinho, e a perceber
Que a vida é mesmo só uma cambada de pequenos nadas
Noites curtas, histórias largas
Desamores, serenatas, vozes roucas e rasgadas
Sempre a perder desde que decidiste ser
Pensa nisso enquanto o sol se erguer
É que a vida é mesmo só uma cambada de pequenos nadas
Estradas parcas apertadas, vielas mal iluminadas
Sempre a perder desde que decidiste ser
Pensa nisso enquanto te dou para acender

[Verso: João Pestana]
É Que a vida é mesmo
Um silêncio bem escolhido
Ensurdecer vem acolhido
Uma conversa com um amigo, ou só falares contigo
Um sorriso desaparecido ou o primeiro que a aparece
A salvação numa palavra mesmo que seja numa prece
Um passeio com o receio ou uma aventura com a bravura
Um beijo no perfeito ou glória a coisa nenhuma
Uma chance mais um transe poemas escritos na fervura
Uma lágrima que fura mas cura
Levo pouco aos teus olhos irrelevante não interessa
Teu lixo é meu tesouro e vice e versa
Não contarás com a peça, só falta de modéstia
Quando acercar a inevitável funesta
Hora de limpar arestas o que vai contigo
Pergunta a ti próprio e responde
Grandes buscas pela fonte ou o nada onde ele se esconde
Está no ar está no monte está em todos os lugares
Canções seculares, tudo aquilo que considerares
Que seja um nada para guardar
Um partir um lutar, um desistir um voltar
Uma frase colocada numa expressão sagrada

[Refrão: João Pestana]
É que a vida é mesmo só uma cambada de pequenos nadas
Noites curtas , histórias largas, desamores
Serenatas vozes Roucas e rasgadas
Sempre a perder desde que decidiste ser
Pensa nisso enquanto o sol se erguer
É que a vida é mesmo só uma cambada