[Dizeres]
O ser humano, aparenta ser perfeito e com carácter; porque oculta com carácter e perfeição, os seus erros
Edivaldo Vieira
[Estrofe I]
O meu é delicado mas vivo para frente
E melhor percebo quando olho para traz
Tenho a minha vida presa entre o passado e o presente
E fujo dos erros que cometeram os demais
Que por aqui passaram, como hoje eu
Aprendi muito com os erros mas nem sempre com os meus
Perdão aos meus Pais por nem sempre ser um bom filho
Pois filho sou, e de novo pai serei
Desde a morte do Ariel que eu não durmo tranquilo
Fiz tudo que pude, mas pelos vistos falhei
Mentiu quem disse que não há dor que não passe
Como seria a tua pele filho, e a tua face?
Abandonado por alguém que nunca esperei
Cá se se faz e cá se paga? Então eu já paguei
Perdoar não é fácil, mas faço disso uma lei
E nunca esperei nada do muito dos que ajudei
Confiança moderada, a tua face não me seduz
Pois até demónios se transformam em anjos de luz
[Coro]
E se eu voltar a cair
Conto comigo para me levantar
E se me vires no final a sorrir para ti
Talvez seja o meu eu a disfarçar
Não preciso de motivos, e não importará o quanto eu viva assim
Será inútil se não for feliz
[Dizeres]
Há que compreender as coisas humanas para as poder amar; há que amar as coisas divinas para as poder compreender
Blaise Pascal
[Estrofe II]
Como o “Todos” tenho “Sonhos ” e por eles não desisti
A inveja fez teatro e várias cenas assisti
Levem a fama, mas deixem o talento aqui
Boicotado nos palcos mas o trabalho é Sublime
Dispararam contra mim? Ileso eu saí
A vida por um fio nesse grande dia eu vi
Mas a minha alma nunca se afligirá
Sei que sou uma ovelha negra mas nada me faltará
Se calhar eu tenha a minha alma perdida
Mas não choro por isso pois tenho a missão cumprida
Fiz feliz quem eu pude nessa terrena vida
E sempre com os meus ideais desde a partida
O caminho está nublado, e vejo pouco
Por pensar diferente muitos me chamaram louco
Mas cá por mim a loucura é relativa
Já que nem todos vemos da mesma perspectiva
Mas acima de tudo, eu continuo assim
O importante é quem eu sou e não o que pensam de mim
[Coro]
E se eu voltar a cair
Conto comigo para me levantar
E se me vires no final a sorrir para ti
Talvez seja o meu eu a disfarçar
Não preciso de motivos, e não importará o quanto eu viva assim
Será inútil se não for feliz
[Dizeres]
No amor ao próximo, o pobre é rico; Sem amor ao próximo o rico é pobre
St. Agostinho
[Estrofe III]
Não sei se sou pobre, mas tenho o que preciso
Ter mais que o necessário nunca foi meu objectivo
Sem nada a esconder, aponta o dedo irmão
Pois eu mostro sem receio as palmas das minhas mãos
Vocês têm o amor que se calhar não merecem
Ferimentos saram, mas cicatrizes permanecem
E os lesados, nunca se esquecem
Mas a paz é daqueles que o amor enaltecem
Eu tento ser eu mesmo, acima de tudo
E nunca mudar nem que no mundo mude tudo
Esse sou o eu em mim, uni os pedaços
E nessa escuridão vou dando os próximos passos
[Coro]
E se eu voltar a cair
Conto comigo para me levantar
E se me vires no final a sorrir para ti
Talvez seja o meu eu a disfarçar
Não preciso de motivos, e não importará o quanto eu viva assim
Será inútil se não for feliz