Malmequer

[Verso 1]
Eu quero a paz sem responder a porquês
Olhar pra trás e nem pensar em vocês
São histórias do talvez, memórias de escassez
Um pouco de um encanto que eu dissolvi num CD
Eu já vi o Relax, também estava a rasgar pano
E a cuspir umas blasfémias como se fosse da Mano a Mano
Amar é ser profano, sentir sempre o teu desejo
Se me engano é pelo esforço que advém do meu empenho
Nunca atribuas mal à tua causa moral
Se perduro é pelo orgulho e ajudaste a cultivá-lo
E sе o trabalho é duro eu tou lá pra suportá-lo
E um dia quero a vida que só vimos еm chavalos
Intimidade ou longevidade nem tenho pressa
Momentos oportunos são tudo que me interessa
Meto as mãos à cabeça enquanto a noite prevalece
Eu quero amar para esquecer que o amor nunca presta

[Refrão]
Eu não me perco, a contar os dias a um malmequer
A mudar de faces pra ser correto ou
A trocar de cores para ver de perto
Eu não me perco, a contar os dias a um malmequer
A mudar de faces pra ser correto ou
A trocar de cores para ver de perto

[Verso 2]
E se eu caminho no deserto
Pra que procurar a nuvem que não vem no tempo certo?
Não há lugar na viagem pra bagagem e de certo
O meu chão ainda é roubado por quem já possui um teto
Na falta de afeto vê-se muito quem procure
Nova cama de casal que albergue só um futuro
Há quem tente ser modesto e deteste algo rude
Gosto mais de ser honesto do que ameno em atitudes
Impávido e sem tempo
Pra ser parvo e sereno
Nunca cravei sentimentos
A quem só quer sentir menos
Abraços e acenos, no fundo todos os temos
Mas saber quais são reais vem do treino do bom senso
Muitos lançam os dados com a cor que agora vestem
Novo sorriso na face, se não brilha ainda o despem
Lupes a serem Fiascos com dicas que outros testam
Ainda dizem ser versáteis com roupas que lhes emprestam

[Refrão]
Eu não me perco, a contar os dias a um malmequer
A mudar de faces pra ser correto ou
A trocar de cores para ver de perto
Eu não me perco, a contar os dias a um malmequer
A mudar de faces pra ser correto ou
A trocar de cores para ver de perto