Atlas

[Refrão]
Cá em cima é só linhas de marca
Bem no cimo da tuga man tu topa o nosso atlas
Tamos tão altos que nem captas
Mira apontada e tu não escapas
Cá em cima é só linhas de marca
Bem no cimo da tuga man tu topa o nosso atlas
Tamos a norte desse norte
Aqui não há sorte, o forte é rap sem aspas

[Verso 1: B Quest]
O norte do norte, o corte ou a sorte
É que aqui o forte é ser esquecido
Não sei se é lógico almejar suporte
Se dormiram no Ivo lá em dois mil e pico
Eu cá sigo a rota de quem me motive
Porque há mais apostas do que há compromissos
E eu sei que a minha cota sе inteira do bizz
É q'eu quero vênias pra vila q'еu vivo
Nada menos do que lenda, após
Um caminho sem esquema mas nunca sem voz
Nós são inegáveis
Mirones não hábeis nasceram de um moche
Da terra da avó eu quase não saí
Poucos são os fatos que eu já vesti
Não é ser ingrato, não papo esses pactos
Não cuspo no prato que nunca comi
Frutos que eu colhi
Mais velhos disseram que não era fácil
Saltar o muro pra ver um futuro
Que mano eu juro buli pa ser tátil
Mesmo sem margem é pro que der
Não ligo à mensagem que o pop quer
Tou na carruagem à espera que mude
A vista do mundo e do que ele prefere
BCL nessa puta dessa Shit
Jovem promessa do mercado do vizinho
Cá no topo o meu cantinho
Não cabe na caixinha
Então pergunta ao tila às coordenadas desta vida

[Refrão]
Cá em cima é só linhas de marca
Bem no cimo da tuga man tu topa o nosso atlas
Tamos tão altos q nem captas
Mira apontada e tu não escapas
Cá em cima é só linhas de marca
Bem no cimo da tuga man tu topa o nosso atlas
Tamos a norte desse norte
Aqui não há sorte, o forte é rap sem aspas

[Verso 2: Raporter]
E quantos foram esquecidos?
A norte do norte ninguém dá ouvidos
É tão mau o teu ouvido
Ou isso é tudo cera nos ouvidos?
Ignoram a malta que eu tenho ouvido
Não entendo quais são os motivos
O mapa da tuga não tá dividido
Por isso não durmam no que produzimos
Se houver uma porta nós vamos parti-la
Não importa o custo para mudar a sina
Juntamos as tropas da cidade à vila
Lançamos as vozes de forma assassina
Cansamos há muito de ficar na fila
Vamos contra quem manipula e domina
Prontos pra batalha aqui ninguém vacila, não
Este é o momento do movimento
Dar atenção ao nosso talento
Fica atento a um povo sedento
Sem intenção de ir em passo lento
Este é o momento e a qualquer momento
Invadimos o teu pensamento
Então fica ciente, não tens argumentos
E nada para o nosso ajuntamento
O equipamento está posto
A equipa aquecida então siga
E avisa quem tá lá no posto
Queremos encher a barriga
Passa a bola aqui ninguém é tosco
Joguem connosco para que o rap prossiga
Para não deixar nada fosco
Provamos que jogamos rap de primeira liga

[Refrão]
Cá em cima é só linhas de marca
Bem no cimo da tuga man tu topa o nosso atlas
Tamos tão altos que nem captas
Mira apontada e tu não escapas
Cá em cima é só linhas de marca
Bem no cimo da tuga man tu topa o nosso atlas
Tamos a norte desse norte
Aqui não há sorte, o forte é rap sem aspas

[Verso 3: ZERO The Bruv]
Tornar isto tátil, versátil, ser hábil
Para fortificar a raíz
Exequível a tática em prática da nossa própria matriz
Ser permanente com tinta que marca
Nunca escrever só a giz
Eu tou sorridente, orgulhoso dos meus putos
Das minhas Humble Bees
O centralismo não escapa
À socapa dar cabo de quem nos censura
Só moralismo que atua na Terra quando já estamos na Lua
Tanta frescura só por ser da rua
Quando esta camisola é que sua
Tanta faca pouco afiada quando somos nós quem fura
E a mira apontada visão de um snipper
Prontos pra quem se meter
Abrir a garrafa, atirar com a rolha só para ver o rato a roer
Ninguém se pendura, agir com bravura
Pra pôr esta equipa a mexer
Somos levadura, doce rapadura que faz este rap crescer
Potência no turbo, jogamos com tudo
Na prova de enduro sem medo
No turno noturno, fechados no estúdio
Macumba contra esse bruxedo
O vira minhoto com linhas de soco
A criar sufoco ao chupista
Bagaço no copo, com hálito a fogo
Exterminador e "Hasta La Vista"