[Verso 1]
Engrenagens velhas oxidam, sem um bom cuidado não giram
Torque baixo nesse metal frágil, então corre e busca abrigo
Ecovila fake
Ó o culto!
Um Osho por esquina
Só vulto
A busca do Messias é luxo
Isso não foi escolha
É luto
Líquido nobre escorre pelo ralo
Nos frascos mais raros, sangue mais sujo
Litros e litros misturam no barro
No sonho do tolo viver custa caro
Não existe medo pra quem pode bancar o barqueiro
O escuro é confortável
Mas pra engrenagem de aço nunca foi fácil
Gira usando os dois braços
Nunca mergulha no raso
Nunca nas mãos do acaso
Nunca olha prum só lado
Enxerga o prisma em pedaços
Eu sou o todo
Não basta um só pra mover o navio
[Refrão]
Sem incêndio não
Sem incêndio não há futuro
Sem incêndio não
Sem incêndio não há futuro
[Verso 2]
Desse jeito os punhos não se recuperam direito
Direito, direito, direito
As pontas das facas já se consideram vermelhas
Vermelhas, vermelhas, vermelhas
Desse jeito os punhos não se recuperam direito
Direito, direito, direito
As pontas das facas já se consideram vermelhas
Vermelhas