[Verso 1]
É para amanhã
Não
Bem podias fazer hoje
Para que depois deixas
Pões-te com queixas, tendencioso
Não o sejas, admite
Para encheres um beat com versos, cria
No limite certo, vês-te mais perto de ti
A razão de a prazo ter sucesso, num processo obeso
Com criação de raso peso, não tens preço sem apreço
Pensa bem e não distorças o discurso
O preço não é custo, nem tudo se resume a tusto
Posto isto, insiste neste instante
Tens que tentar
Instaurar, forçar ou amanhã voltas a adiar
Descansar de acartar o esquecimento
Dás tempo ao tempo, perdes tempo
Isto passa a ser um passatempo
Estás sempre com desculpas
Ou bules, ou não te iludas
Uma das duas, ou evacuas ou atuas
Assumo foi erro meu ao presumir que tinhas talento
És negligente, no fundo és mais um igual a toda a gente
[Refrão]
Só eu sei quanto suo, tanto não sai sem esforço
Tenho um posto neste ritmo, ao pranto não me encosto
Só eu sei quanto suo, tanto não sai sem esforço
Tenho um posto neste ritmo, ao pranto não me encosto
[Verso 2]
Não quero ser bruto, longe disso o meu interesse
Só intuito não me convence
Se para dar tens muito então fornece
Despe a veste dessa peste, preguiça agreste a que te deste Investe, mexe-te
Analisa, vais ter teste
Testemunha, pratica, procura
Nem cunha a linha muda
A pauta é pautada por quem pontua
Mas sem enjoo, com gosto
Que nada te seja imposto, nada disso é suposto
Eu não te quero indisposto
Ó postal pára com isso, ganha siso e uma atitude
És indeciso e sem juízo, com prejuízo quando tens tudo
Para ser algo em qualquer palco, desenvolve
És um preguiçoso que dá gozo e com nada se envolve
E sendo assim em prol do que acho, fico por aqui não vale a pena Há pouca discussão do tema, volta tudo à mesma cena
Assumo foi erro meu ao presumir que tinhas talento
És negligente, no fundo és mais um igual a toda a gente
[Refrão]
Só eu sei quanto suo, tanto não sai sem esforço
Tenho um posto neste ritmo, ao pranto não me encosto
Só eu sei quanto suo, tanto não sai sem esforço
Tenho um posto neste ritmo, ao pranto não me encosto