Eu Calo A Sangue Frio

[Verso]
Eu calo á sangue frio
Hóspede de um corpo sem parâmetro
Sentado num paralelepípedo
Assim era púlpito

Suspiro imerso indômito
Paralelo aos tiros dos costumes
Das casas sem visitas
Rituais de hábito nos ceifam o espírito e leito

Devagar cansado e sempre
Veja como o ponteiro encena
Carrasco recita a pena
Dalí pinta úteros

Corvos voam baixo cobiçando a carne
Demasiado humano se tornando fóssil
Demasiado fútil demarcado em náusea
Sábados e fins de casos sinuosos

Deus a minha direita multiplica
Sete vezes sete
Nietzsche joga dados...