Etéreo

[Verso]
Sou lixo, sou corrosivo, transformo-me no que digo
Sou um jogo de imitação porque não faço aquilo que sinto
É corda atrás de corda presa à cobra que te adormece
Mãos à obra, paga agora, acorda e escreve-me esse verso
Não esqueço porque o loop é constante preciso retirá-lo
Exteriorizá-lo, afogá-lo, é sempre pessoal
Interiorizei o medo de ser banal de estar sozinho é fatal
Sou só eu afinal?
A data é o relógio de quem vive o tédio
Falta um minuto para a meia noitе e um
A mente capta o quе é óbvio mesmo não tendo remédio
Alta tensão e o puto cresce e morre sem nenhum
Sem ninguém que o leve a sério
Quando me elevo sento-me no cimo de um prédio
Cismo com o cético, perco o sentido estético
Os tremores deixam-me frenético
Soa-me poético
Tu e eu no mesmo barco a caminho do cemitério

[Refrão]
É etéreo
Não finjo o ódio que te exigi
E se é efêmero chama-se liberdade de sentir
O que não quero é que voltes a passar aqui
Assim porque se espero dá-me vontade de fugir
Assim porque se espero dá-me vontade de agir
Assim porque se espero dá-me vontade de...