Acidacid

[Verso 1]
Um gajo não escreve nada
Rimas não baseadas
Virtudes perdidas
Convívios prolongados por medo
Medo esse que não encaras
De cara trancada
Porta arrombada
Desamparas, foges e saltas
Complexos que te faltam atingir
São defeitos ou qualidades a seguir
Uma à outra vem a que se dividir
Pensa na coisa
Ninguém se despeça de quem o ouça
Com pouca onça também te faço a conta
Aponta que ninguém te ouve
Insiste na ignorância do povo
Ensina com conhecimento
Não divagues no sono
Porque quem acorda afasta-sе desse medo
Dеssa forma de viver anestesiado
Conversa que antecipo sempre
Qualquer situação que me desconforta admito
Sinto que é de vibração
Sensação repleta de emoção espacial
Memória ancestral
Trazem sentido ao que se pensa agora
Não é na hora de julgar que se joga fora
É apenas quem se comporta
Da maneira que se nota
Se se importa e opta
Por ser quem se ergue de uma derrota
Só te torna forte na dualidade que te transforma
Organiza a tua rota
Apura a tua forma
Percebe que é na existência que tudo se conforma
Numa norma que te comprime
Que te oprime
Contorna
Retorna à tua rotina
Quebra-a de seguida
Vive a tua vida
Se és tu quem domina essa dopamina
Vitalidade adquirida por uma consciência tranquila
Navegante sazonal
Adapta-se a qualquer clima

[Refrão]
Já é dia de ver a luz que se dita
Divina vira distinta
Para quem a pinta
Como fonte de inspiração

Já é dia de ver a luz que se dita
Divina vira distinta
Para quem a pinta
Como fonte de inspiração

E responde que é linda
E não esconde quando admite
A quem lhe trouxe a tinta
Quem lhe trouxe a tinta

[Outro]
Aponta que ninguém te ouve
Insiste na ignorância do povo
Ensina com conhecimento
Não divagues no sono