Epílogo / Crepúsculo Natalino (Faixa Oculta)

[Estrofe I]
Já fui deportado de Morphia plano ástrico ao qual pertenço
Hoje defronto a toda fobia e a sociedade criada por Icelos
Consolado pela Fantasia de Phantasos em seu universo
Onde reparto a nostalgia com um bem-mal-estar quimérico

Não ceder a socialização, a acção do terceiro excluído
Ser meação e deterioração e outra porção são seus resíduos
Ser a porra da fracção despencada a corporação dos livros
Alma presa na depressão e seu rap a obstrução ao lenocínio

Dono das próprias decisões, controlo cada uma delas
Vou a afogar as emoções que meu coração criou e não zela
Entrelaçam-se em grilhões enquanto o perdão por humanos grela
Na espera que minhas canções transcendam estas míseras mazelas

Pagão desde tenra idade, foda-se ao proselitismo
Caio em lérias da verdade, mas nela eu nunca acredito
E pra escapar destas meras grades só o caixão legará alívio
Mas ele não dá comodidade nem mesmo pra o Masta Gildo

[Estrofe II]
Fecham-se as louras do contratempo e exsolvo-me em memórias
Sobejos cinéreos, miuçalhos de tristes histórias
A áurea cai contra o soalho e proporciona-me hematomas
Pela dor ser circundado em um triste Hino De Vitória

Nos ditos de um futuro incerto danço ao compasso do silêncio
Na acústica de fragmentos com seu flavo em mim imprenso
Tento achar um meio-termo entre dor e desolamento
Mas só deparam em mim pensamentos Paralelos Ao Sofrimento

Não embusteio-me nos versos, limitar-me em ser recto e destro?
Ter escritos mais complexos entre diagramas transversos?
Revelar-se o esotérico, fingir ser mefistofélico?
Utopias de Alan Kardec são barbies de mais pro meu Universo

Esquizofrénico, intuitivo, nostálgico e depressivo
Onde Restos Mortais nocivos esquartejam meus desígnios
Este o Universo intuitivo em que nem no Aanisan eu confio
Ascenderá dos meus detritos neste Crepúsculo Natalino