Dez pra cinco

[Verso 01: Is Tar]
Firmeza no objetivo, eu traço a meta
Fugindo do concreto, o abstrato me completa
O meu subconsciente que se altera de repente
Ouvindo um som de classe num gole de aguardente

Fingindo ter a mente em plena mansidão
Enquanto as ideias se encontram em erupção
No meu baú achei algumas letras
Alguns retratos de gente que me fez chorar ao relatar os fatos

Mesmo que eu mude e aja de maneira rude
Meu verso em conteúdo atinge a plenitude
Seria fácil entregar-me para a desavença
Mas nunca me entrego antes que a batalha eu vença

Provando que meu conceito tem lógica e coerência
E tudo que eu escrevo nas rimas é minha essência
Embriagado sempre que (?), eu me encontro
Com minha própria autocrítica me desencontro

[Refrão: Matéria Prima]
De manhã, dez pra cinco, continuo com afinco
Afim de um fim, não tão cedo ainda que já cedo
Não me ceda ao sono
Contínuo por isso (?) conforme o dom de quem faz o beat

[Verso 02: Munhoz]
Ledo engano, pra quem achou que cheguei ao limite do plano
Não desencano, alimento o desengano de quem desacredita
A rima solta (?) letiva, conteúdo etéreo
Desvendando o elo da matéria e revelando o mistério

Do térreo pro terceiro, participação de um vizinho do quinto
Não minto, não sou proprietário, proletário inquilino
Pra relaxar fumava um de cravo, agora fumo um fino, mantenho o respeito
Sem truque ou efeito, dou um jeito e termino minha rima
Mesmo sem ensaio deixa estar
Pra me despedir do Matéria Prima e do irmãozinho Is Tar

[Refrão: Matéria Prima]
De manhã, dez pra cinco, continuo com afinco
Afim de um fim, não tão cedo ainda que já cedo
Não me ceda ao sono
Contínuo por isso (?) conforme o dom de quem faz o beat