Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Barão Vermelho
Nas diurnas
Nas noturnas
Um cigano vagabundo
Um clown pirado
De barriga vazia
E o sapato furado
Tudo tão exposto
A qualquer estação
Nem vou pensar
Que vai ser diferente
Comendo vidro
Eu tô comendo vidro
Comendo vidro
Mastigando e engolindo
A estrada é longa
Tão bom andar
Ontem ali
Hoje acolá
Não é fácil não
É mais que duro
É como comer vidro
E andar no escuro
A poesia num letreiro qualquer
O dom é necessário pro malabarista
Desses que extraem do organismo
Alimento para uma canção
Um blues ao sol, ao sol do meio-dia
Pulando de galho em galho
Na tela do computador
Como um risco de foguete
Em cada espaço uma explosão
Comendo vidro
Eu tô comendo vidro
Comendo vidro
Mastigando e engolindo