Amália Rodrigues
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Mesmo nas horas felizes, se as há
Alguma coisa é proibida
Posse impossível, distante, que dá
Sentido diferente à vida
O insaciável que existe na gente
Domina a nossa vontade
Triste final duma crença diferente
Diferente da felicidade
E sem saber até onde, o destino
É ou não o que se quer
Somos a lama, o barro divino
Que cada um julga ser
Na minha voz a cantar, corre o pranto
Dum ser que não se entendeu
E assim procuro encontrar o encanto
Que a vida p'ra mim perdeu
A revoltante maldade duns poucos
Espalha o ódio à sua volta
E faz da terra um inferno de loucos
Onde a razão se revolta
Pois quer se acredite ou não no destino
Todos seremos sem querer
Simples poeira de barro divino
Que cada um julga ser
Pois quer se acredite ou não no destino
Todos seremos sem querer
Simples poeira de barro divino
Que cada um julga ser
Barro Divino was written by Álvaro Duarte Simões.