Aversão À Máquina

[Estrofe I]
No ar depressão, decepção e lágrimas
Enquanto marchamos descalços em lâminas
Falta pulsação, sem medicação eles nos tornam em máquinas
Como bispos vendidos da igreja santa

Liturgia, não sabemos nem o que é isto
A voz de deus é a alegoria que adjudicam aos nossos filhos
Na sagrada família suportamos seus espinhos
Deportados da vigília para a piola do precipício

E tombamos, vimos preto, encarnado e amarelo
Demónios cobertos com as batinas do clero
Ave-Maria, São Pedro, fodam-se seus adeptos
Nós sovados em vosso meio o que fizeram vossos deuses?

Agiram como mortos, calaram-se para o povo
Fecharam seus olhos quando surrados e espancados fomos
Nem em igrejas há consolo, São Domingos testemunhou-nos
Não houve conforto para o povo de voto, devoto, roto e absorto

[Refrão: Hitler Samussuku]
Esgares simiescos ao serviço da grei
Sentados à mesma mesa aprovam a lei
Abutres concordam como camelos do rei
Sim, sim, sim... nunca dizem não

[Estrofe II]
Na marcha para a libertação do campo de extermínio
Contra a política de supressão, nepotismo e despotismo
A morte não será em vão se for a arguir o latrocínio
Do Santo ladrão que dá-nos um seguro de vida mínimo

Saúde, educação é o básico que exigimos
Formação, informação é o basilar pedimos
Tiveste a nossa votação, Dos Santos sente o ritmo
Cardíaco do meu coração que almeja chegar aos 25

Anos de batimentos vivos, não quero ir para o desconhecido
Tão cedo, eu não consigo imaginar-me sem estar vivo
Há um medo cá no íntimo, só que há um maior desígnio
E eu não o vejo atingido com este seguro de vida ínfimo

Não tenho princípios, sou filho do analfabetismo
Um quadro não instruído, frustrado pelo teu partido
E se fores fofocar ao Sinse, resigna o executivo
E finde tudo ao dar um fim ao teu conselho de ministros

[Refrão: Hitler Samussuku]
Esgares simiescos ao serviço da grei
Sentados à mesma mesa aprovam a lei
Abutres concordam como camelos do rei
Sim, sim, sim... nunca dizem não