A música é um misto de esperança e cepticismo que tornam o futuro da mãe pátria fusco e sem soluções aparentes, porque as falácias dos discursos desgastaram o optimismo absoluto e atropelaram os limites da decência.
[Letra de “Amarga Esperança”]
[Refrão: Tánia Letal]
Mãe terra, a esperança chora, o amanhã demora
Os nossos olhos já não se calam
Queremos paz, alcançar a luz
Prosperidade em liberdade
As nossas almas ainda falam
Haa, haa, haa, haa, haa
[Verso 1: M.P]
Vejo a morte do novo dia no conforto do medo
Que adiam os nossos gritos de vitória
Vejo a ganância, vejo a mesma história
Vejo rios de lágrimas
De quem viveu de uma forma ilusória
Vejo um futuro ameaçado pelo silêncio jovem
D’um presente amargo
Onde os intervenientes não se movem
Eu vejo o capitalismo a matar o espirito africano
Sem piedade, como antes vez antes o colonialismo
Vejo um profundo arrependimento tardio
Estampado no rosto velho
Por ver de novo o mesmo cenário
Vejo o desprezo do que é necessário
Na ingenuidade descabida
De quem sente o pesado calvário
Não haverá prosperidade no novo amanhecer
Se não pregares a verdade e a paz nesse lugar
O bem-estar cá não passará de miragem
Se abraças sem temor o código explicito dessa mensagem
[Refrão: Tánia Letal]
Mãe terra, a esperança chora, o amanhã demora
Os nossos olhos já não se calam
Queremos paz, alcançar a luz
Prosperidade em liberdade
As nossas almas ainda falam
Haa, haa, haa, haa, haa
[Verso 2: Timomy]
Apesar do olhar frio dos homens vazios
Que têm no seu domínio o desejo, a riqueza que virou desvio
Ainda creio no novo caminho
Que tem na marcha dos homens novos
A crença de um novo destino
Mas só não crê quem não vê
Que mesmo contra a maré
Nada é maior que o querer
Sonhar é o nosso poder
Porque apesar de tangível
Visível, irredutível, o medo é destrutível
Pela vitória acessível
[Verso 3: Soldier V]
Espero que despertes dessa letargia
Que acordes para um novo dia
E termines com essa agonia
Que essa inércia não derrube e nem confunda
A tua missão de dar de tudo, com atitude e entrega profunda
Só não alcança quem não tenta e com medo comunga
E nessa dança quem não pensa com medo se afunda
E a pergunta que não cala é: quando vai cessar?
Até quando suportar? Lutar sem alcançar
[Verso 4: Raf Tag]
Nós fomos um povo sem caracter e coragem
Reféns de uma politica totalitarista selvagem
Porcos triunfaram 1975
Abrindo 7 selos no inferno, até ao ultimo trinco
A comida manipulada em laboratórios que foi comprada
A China e ao Brasil deixará a genética adulterada
Cancros farão uma geração inteira, ser enterrada
Não sem primeiro ter a qualidade de vida toda lixada
Dores insuportáveis, corpos em putrefação
Químicos introduzidos nas campanhas de vacinação
Provocarão insónias, ataques de pânico e depressão
Quem for forte será zombie escravo na planetação
A luz da esperança apagou-se, morreu, desapareceu
Quando se deu a liberdade caindo-lhe em cima o céu
Este será o pesadelo do qual Angola nunca acordará
Acredita amanhã próspero, nunca existirá
[Refrão: Tánia Letal]
Mãe terra, a esperança chora, o amanhã demora
Os nossos olhos já não se calam
Queremos paz, alcançar a luz
Prosperidade em liberdade
As nossas almas ainda falam
Haa, haa, haa, haa, haa
Mãe terra, a esperança chora, o amanhã demora
Os nossos olhos já não se calam
Queremos paz, alcançar a luz
Prosperidade em liberdade
As nossas almas ainda falam
Haa, haa, haa, haa, haa
Amarga Esperança was produced by Camufingo & Ricardo 2R.
Fat Soldiers released Amarga Esperança on Thu Nov 09 2017.
Na mesma faixa, o grupo traz também uma análise clínica e profunda do silêncio político diante dos venenos industrializados na alimentação do povo africano, tornando o povo cada vez mais fraco e sem esperança de vida.