Absurdo

[Intro]
Sara Kane
Com mil baratas na mente
Sara Kane
Com mil baratas na mente
Sara Kane
Com mil baratas na mente

[Verso 1]
Estou decidido a amassar quem
Não me baza da frente
Tenho pensado na Sara Kane
Com mil baratas na mente
Discurso feito térmita
Enredo em ressonância cénica
Deixei a crente cética vasculhar na minha raça endémica
O motivo desta persona leucémica
Herói da comédia, ecuménica
O mundo extraordinário não me pareceu assim tão extra
Voltei por um beijo na bochecha
Mas ninguém respeita este homem
'Tão levem-me enquanto jovem
Só vim lançar versos na desordem
Não estou mais para ser o que outros comem
Eles que se devorem e que chorem
Porque eu não dou 'pa totem
Eu sou mais 'pa totil
O que eu escrevi foi ontem
Nunca serei Platão ou então Aristóteles
Louvo a exaltação com cinco notas e fodas simbióticas
Mas abomino letras pentatónicas

Emoções canónicas em vómitos de ódio
Rimam como um jogo mnomónico, tão óbvio
Eu sou um prosaico como o óbito
Rimo o meu propósito
Hoje acordei e senti-me mórbido
Será que é do desmame do anti-psicótico
Ou é só mais um lance deste meu ego anacrónico
A querer vir cá p'ra fora com um fato suicida
'Tá sempre a servir-me a morte
Quando eu lhe peço a vida

Só mais um tempo para encontrar a saída
Deixa desentorpecer a minha tola tolhida
Luto até ter uma recaída
Para voltar a morrer de amores por uma tipa pervertida
Eu acho que conheci a rapariga
Mas tal como começou logo se acabou em píbia, empírico
Devia mudar o nome para tudx
'Tou farto de ser guru deste onanismo onírico
É um absurdo

Sara Kane (É um absurdo)
Com mil baratas na mente
Sara Kane (É um absurdo)
Com mil baratas na mente
Sara Kane
Com mil baratas na mente

'Tou farto de ser guru deste onanismo onírico
É um absurdo