Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião & Herman José
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião &
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Carlos Paião
Algures na tarde há um fumo que arde
No sangue de dois faladores
Discutem, agitam e com o que gritam
Atraem mais espectadores
Têm raiva nos dentes e fogo no olhar
Atiram serpentes de fúria ao falar
Perguntam à toa, respondem que não
E mesmo que doa, hão-de ter a razão
A razão
Com frases alheias defendem ideias
Que ouviram alguém defender
Arriscam a fé e enganam até
Se sentirem que podem vencer
E não buscam verdade, que é isso afinal?
Viva a tempestade, mentir não faz mal
Avançam nos gritos, talvez frustração
E por ditos não ditos lá têm razão
A razão
A razão
E uma criança sem tempo aproximou-se, atrevida
E tem na frente um exemplo do que é ser gente crescida
Afasta-te já, não demores por cá
Tu não ouves, não olhas, não vês
Tu és simples e justa, ai eu sei quanto custa
Tentar aprender os porquês
Tu és vida e bonança depois do furor
És sol de esperança de algum sonhador
Sorris na beleza, na tua ilusão
Tu tens a pureza de não ter razão
Ter razão
Eu invejo o sorriso que agora te vi
Criança, eu preciso lembrar-me de ti
Na vida tão escura tens luzes na mão
O sonho, a ternura, o amor, a razão
A razão
A razão
A Razão was written by Carlos Paião.
A Razão was produced by Mário Martins.