Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
Fausto
É um lagarto façanhoso
Coberto de conchas grossas
Escancarado e raivoso
Rabeando pelas poças
Morto às espingardadas
Logo esfolado às lançadas
E o manjámos na merenda
Foi uma festa tremenda
Porque assado no braseiro
Soube a muito bom carneiro
São macacos saguins
Tão custosos de agarrar
Zombam de nós p'los capins
No seu jeito de zombar
Mandam-nos comer cavacos
Fazem gestos os macacos
São de uma carne nojosa
Mais de cheiro e mais tinhosa
De pior sabor e então
De muito má digestão
São caraguenjos dos rios
Carrancudos, agressivos
Arrecuam em bailios
Com a pressa os comemos vivos
Dentro das bocas insossas
Pegam com as suas as nossas
De fora as tenazes dentadas
Em nossos beiços aferradas
Mal trincado o resto eu acho
Vai bulindo papo abaixo
São brutas feras aos brados
Eu não sei quantas nem quando
Se andam por todos os lados
Bafejando, bafejando
Saltam tantas alimárias
Asnos, bichos, bestas várias
Viram-se a nós longas garras
Mostram dentes as bocarras
Umas rosnam delambidas
De peles muito bem vestidas