[Letra de "Vitorina"]
[Verso 1]
De pé, à porta do café
À esquina Vitorina prostituta
Ao lado um outro sujeito parado
À espera do autocarro
"Mas aceite-me um conselho
Compre-me a lotaria"
O fim do dia doutro dia
O outro mais um cigarro
E enfim o autocarro
Para o sujeito do lado
[Pré-Refrão]
Mais um filme português
Com seis dias de cartaz
[Refrão]
E Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
[Pré-Refrão]
Mais um filme português
Com seis dias de cartaz
[Refrão]
E Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
[Verso 2]
Este trânsito que não cessa, toda esta gente com pressa
E estes sinais e apitos, os sinaleiros aflitos
Toda esta baixa que encaixa no espírito português
Desde o Chiado ao Marquês, bisbilhoteira é a miúda calculista
[?] de minúcia à prestamista
Cheia de [?], de pessoas como um louco
Terrivelmente ocupadas
Em contemplar de pé, à porta do café
Esta vida dos outros cheia de porquês
[Refrão]
E Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
Vitorina sem freguês
Vitorina