Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Cada qual sabe de cor
Ninguém tem nada com isso
Em que ponto de que dor
Se arrisca a cauda na estrada
É connosco o compromisso
Já se avista o amor, mas se o ciúme
Em contra-mão se desloca
Choque em cadeia provoca
Pega fogo num instante
Mas adiante apaga o lume
Que é vital dentro da toca
E depois ninguém assume
Estar por conta do ciúme
No lusco-fusco desta toca
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Agora vem o amor, mesmo inocente
Tem a inocência vigiada
Faca na liga de decência
São desvios se se está na rua errada, à hora errada
Sexo errado, idade errada
São desvios da aparência
Mas já se sabe, os suores quentes
Causam em bastantes gentes
Suores frios, arrepios
São feitios, são bafios
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Cada qual sabe de cor
Ninguém tem nada com isso
Em que ponto de que dor
Se arrisca a cauda na estrada
É connosco o compromisso
Ora aí vem o amor e as suas atrocidades
O amor e as suas felicidades
O amor e as suas sacaneidades
E outros ades e virtudes
"Hádes" ver! Nunca mudes
Não me dês agora um beijo
E capo rente o teu desejo
Eis que chega o amor, tem casca grossa
Quando à tarde nos fascina
O amor tem casca fina
Quando à noite nos destroça
E de manhã repõe promessa
Assim que roça, assim que empina
Junta corpos peça a peça
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Olha ao longe o amor avança e trava incontrolável
O amor, consequência do improvável
O amor, ainda é possível avistar
Num tronco, dois corações
Sangues verdes, inscrições
Em sequóia venerável
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Vinde à visita guiada
À esburacada encruzilhada do amor
Cada qual sabe de cor
Ninguém tem nada com isso
Em que ponto de que dor
Se arrisca a cauda na estrada
Cada qual sabe de cor
Ninguém tem nada com isso
Em que ponto de que dor
É connosco o compromisso
(Isso, isso, isso)
Ninguém tem nada com isso