Uno Veritas

[Intro – Todos Os Sonhos]
Yeah! Aham!
Sublime Records, EDY-P, Todos Os Sonhos
Já sabem de onde eu venho neh?
Underground! Underground!

[Estrofe I – Todos Os Sonhos]
Não há formas de rimar sobre um ser tão podre
Infiel e hipócrita, pastor-impostor
Chegou a eles como santo, não viram seu lado atroz
Sugou parte deles, libou-lhes o interior

Não foram pré-avisados, nem viram sinais do alto
E o deus descuidado não cuidou daqueles humanos
Passado injustiçado, presente hospitalizado
Mal futuro diagnosticado graças ao pai-drasto

Nunca houve sorrisos nem para tais motivos
Manhas de gritos e as noites tendiam a suicídio
Nunca souberam o que era alívio, termo desconhecido
Em quatro tapumes de infindos substantivos

[Estrofe I – EDY-P]
Mais um dia, mais um recomeço
Estar de novo em vida? É uma bênção sem preço
Sei que nem sempre agradeço, eu reconheço
Pela vida que não perdi ainda e pelo progresso

Que eu tive ao longo desses anos longos
Que vezes sem conta fomos figurados loucos
Mas a minha retirada dos mics está prevista
E é com profunda dor para um coração de artista

Que larga o que mais ama porque o corpo não resistiu
A tantos confrontos em que a alma desistiu
Mas ainda respiro, e disso não esperaste
O amor ainda circula no coração que tu pisaste, B**ch!

[Refrão – Todos Os Sonhos]
Pisaste, mas não morri, pois continuo aqui
Intacto, leva-me a mal, mas estou melhor sem ti
Esperaste que eu deprimisse, mas não consegui
Morra! Morra! Morra!

Pisaste, mas não morri, pois continuo aqui
Intacto, leva-me a mal, mas estou melhor sem ti
Esperaste que eu deprimisse, mas não consegui
Morra! Morra! Morra!
Pisaste! Morra! Morra! Morra!

[Estrofe II – Todos Os Sonhos]
Hoje separados, unidos pelo sangue
Mas que sangue insignificante que para um deles nada vale
Que caiu, pisou cacos sobre cacos e seguiu adiante
Na escola sempre o ignorado, o atirado ao lado, enstragado a todo o instante

Em queda livre sem previsão de ascensão
Ninguém impedia a sua queda aparada pelo underground
De uma nave espacial pilotada pelo CmosGround
Abraçada pela solidão do túnel da depressão

E hoje na solitude sem esforço para ser feliz
Entre papeis, canetas e uma alma poética enterra gramas de lítio
E a clozapina foi o Crepúsculo Natalinio
Para o elemento da liberdade ao lado de EDY-P

[Estrofe II – EDY-P]
Acordado a cinco noites quem é que me atura?
No limite do penhasco quem é que me segura?
Ainda estou com o Mayoral, Grego e T2
DM, Todos Os Sonhos sempre ouviram a minha voz

Nos meses deitado que não morri só por sorte
Mas não amo tanto a vida ao ponto de temer a morte
Abutres reconheci um por um
Estiveram cá na fartura e fugiram no jejum

Abutres, com erros consecutivos
Não passam de psicopatas com ternos de executivos
Já não fazem falta, nem os vossos milhões
Preenchi o vosso lugar só com velas e caixões

[Refrão – Todos Os Sonhos]
Pisaste, mas não morri, pois continuo aqui
Intacto, leva-me a mal, mas estou melhor sem ti
Esperaste que eu deprimisse, mas não consegui
Morra! Morra! Morra!

Pisaste, mas não morri, pois continuo aqui
Intacto, leva-me a mal, mas estou melhor sem ti
Esperaste que eu deprimisse, mas não consegui
Morra! Morra! Morra!
Pisaste! Morra! Morra! Morra!