[Intro]
Conheço este sítio como as minhas mãos
Só se vem por duas razões
Para desenferrujar o prego, ou para morrer
Já não posso suportar esta merda
[Refrão: C̶O̶R̶A̶]
Cuidado, a neve parece macia
Fica bem na fotografia
Mas eu mantinha-a de lado
(Cuidado)
[Verso: TILT]
Antes que o monte vire duna
Piso relva húmida, e sem dúvida
Deixo lá pegada como se o mundo a visse
(Segundo aviso) Sombra iracunda
Sem que ninguém confunda
Disse: "Tenho a vida pela frente"
Enquanto a Morte, corcunda, ri-se na retaguarda
A turma brinda como sе eu fosse Cristo numa segunda vinda
(Woah) Cuspo ondе a Tundra finda e o deserto alaga
(Juro-te) Juro-te, miúda
Aqui é tudo muit'a fodido, mas não te peço ajuda
Peço-te que te fundas e afunda-te comigo, de vez (De vez)
Em quando eu conto os anos e penso que morro ao fim de três
Corpo em cinzas, devolvido ao meu querido Gerês
(Meu querido Gerês) Frente à cegueira, eu sou antítese
(Vês?) Durmo enquanto lês o Apocalipse
Sem medo, eclipso por mais gritos que dês
(Yo, huh) Vai pesando de leve, até que um gajo rui
Não flui quando deve, mas fui andando
(Levo) Levo comigo toda a causa pela qual o sangue ferve
Acabo tapado por um manto de neve à procura do espírito
É a cura do cínico, mas pobre vive tanto pranto, portanto bebe
Signa assombra e faz com que tanto erre
Existe vida, mas se não é digna, mano, p'a que serve?
Mãe, porque é que tu não me devolveste?
De anzol desde que caí em problemas
Onde só não se resolve este
(Eu vejo-me a cair) Como um fruto podre do teu ventre
A decompor-me no solo onde já te dissolveste, e é isso
Lá fora os limites estão marcados, ninguém passa disto
E os meus soldados não são feitos de quartzo rosa
Mergulho no abismo, e lá me movimento
Sabendo que sou pedra asquerosa
Mas que goza uma queda majestosa tipo: "Olha, foda-se"
[Outro: TILT]
Hey, check, e caio até ao infinito, uh, check
Lá no eterno labirinto interno
Lá no eterno labirinto
Após a Tundra (Após a tundra)
Após a Tundra (Após a tundra)