Pano azul turquesa
E a mão pousada à mesa
Na faca uma certeza
Que corta o sono em farpas
Pensar na sobremesa
Dançar à nossa beleza
Num vestido de framboesas
E guardas-me inteira na alma
E a imagem dessa noite que tu guardas
As vezes que me atinges e me faltas
E a luz que escorre o corpo e me ilumina
Acorda esse teu sangue de sal do mar
Ya ya
E tentas ler-me os lábios para te salvar
Encontras-me na rua sem combinar
Ya ya
Lararirara
Lararirara
De quem foi a ideia louca
De esta noite me chamar
Te bordou na cidade toda
Já não tenho para onde olhar
Tenho a cara toda exposta só de sonhar que estás lá
E volto a uma mesa posta
De onde saio à procura
Saio à procura
Sombras sem certezas
Estômagos cheios de beleza
Borboletas voam às cegas
E a essas voltas canto
São ondas de pranto e reza
Rituais que o corpo liberta
Na pura intenção de querer estar
Onde a tua boca espera
E só sinto que não estou sempre a pensar
Quando és tu quem ocupa todo o lugar
Ya ya
E se vires que não consegues avançar
Toca na minha mão sem ninguém notar
Ya ya
De quem foi a ideia louca
De esta noite me chamar
Te bordou na cidade toda
Já não tenho para onde olhar
Tenho a cara toda exposta só de sonhar que estás lá
E volto a uma mesa posta
De onde saio à procura
Saio à procura
Saio à procura
Saio à procura