Só de andar me intrometo
Vejo tudo aos círculos
Repetições do mesmo erro
No meio dos avisos
Se alguém lhes mandar um sinal
Talvez deem ouvidos
Não é a falar que se aprende algo
É a ver que conseguimos
Ouço as paredes com tantos ecos
De tudo o que pedimos
Se não saímos não estamos certos
Somos só nós a ouvir-nos
Eu já não quero estar mais tão perto
Porque é na sensação do aperto
Que me cruzo comigo
Há por aí
Uma versão alternativa de mim
Em que eu com os meus mil braços
Termino os abraços
Em que me perdi
Desvios como ondas da mesma água
Fluxo de consciência
Bem rodeado de quem não sente a falta
E percebe a ausência
Vou aumentando a minha vontade
De encontrar sempre em toda a parte
Algo que me acrescenta
Um toque que me acrescenta
Já tenho imitações das minhas saídas
Para ter sempre onde ir
Trilhos abertos pra mudar de vida
Sempre que aqui me cumprir
Vejo sempre um teto de mangas pra cima
Que a meta é sempre que a guarida
Me lembre que fui eu a vencer-me
Há por aí
Uma versão alternativa de mim
Em que eu com os meus mil braços
Termino os abraços
Em que me perdi
Da vida vida vida
Vida estranha