Dá-me deus e pernas para correr ao vento
Nos teus voos internos estou por cá a ver-te
Vou contar-te que o riso do inferno é o centro a avisar-nos para equilibrar a língua no meio dos dentes
Testei os travões para ver se está atento
Se o que vou dizer vem de um lugar dentro
Tenho o estômago a dormir e encostado ao vento
E prometi aos pulmões que por ti vou tentar semprе
Tentar sempre, tеntar sempre, tentar sempre, tentar sempre
Tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre
Se vires que o corpo tem febre dá-lhe um passatempo
Ninguém vai dormir com dores mesmo que tenha gente
Entrega a cada funto demónio que te prende que a água tem temperatura para levar o medo
E se o teu inverno for um lugar entre
O mundo e o tudo o que a terra tem dentro
Se não vires mal entra no inferno só para ver que o certo e errado nem sempre são um lugar diferente
E tenta sempre
Tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre
Tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre
Tenho uma sensação fria no meio dos olhos
E mesmo quando dormia estava atenta às horas
E mesmo quando se contraria sabes o que a noite arrepia
E que passa uma vida mesmo quando demoras
Se vires que a ansiedade te domina e prende
Que tens dentro a euforia e o corpo não entende
Liga que eu atendo
Não tenhas medo
E tenta sempre
Tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre
Tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre, tentar sempre
(Repetir)