Som do Silêncio

[Verso 1: Gengiskã]
Uns me prometeram fazer parte do elenco do meu enterro
Esqueceram que promessa é feita na hora do desespero
Essa é a vida que paga todo poeta
Se são meus bens que querem, então, Judas, junte minhas moedas
Nego ia dividir a torta, dividiram a farsa
Pensou que ia dividir o bolo e me golpearam com a faca, pô
É esse o meu mérito no dia seguinte
Meu time bebeu todo o suco, e nem me ofereceram um brinde
Lobo ou cobra? Eis a incógnita
Pensei que eu era lobo, mas era Marco Antônio atrás de minha Cleópatra
Codinome Moisés, porque to separando real do falso
Minha perspectiva é que se eu passar fome eles vão estar fartos
Cheio de tanta verdade que minha boca expele
Eu cansei de ser mamífero e andar acompanhado de vermes
Eu bancava todos, hoje pago o prejuízo
Querem que eu vire estrela, mas reclama do meu temperamento explosivo
Na caminhada pro sucesso eu escorreguei
Caído, quem que me ajudou? Ninguém, nem os que eu ajudei
Mas sem rancor, muito menos ódio deles
Querem me ver bem, mas jamais melhor do que eles

[Ponte]
Shh, shh
Som do silêncio
Shh, shh
Som do silêncio
Shh, shh
Som do silêncio
Shh, shh
Som do silêncio

[Verso 2: Pete Mcee]
Era só minha família e umas folha de sulfite
Num tempo em que saí da trilha pra explorar os meus limite
Cheio de colega sorrindo na mema merda que eu
Observo quem tá mentindo com a visão que Deus me deu
Não fui patrão, não sou judeu, não sou ateu, não sou ninguém
Além de uma construção, mas aê
Não enxergo quem tá para o meu bem
De fato é raramente
Enxergo quem tá pro meu mal, agindo com a própria mente
A auto estima à 7 palmos, mandaram eu ler um salmo
Falaram pra eu não desistir, saber dividir, investir no trabalho
De fato estão pra assistir, de fato cês não me escutaram
Dinheiro não é ser feliz, e eu não sou funcionário
Tá entendendo qual que é da minha letra?
É isso que acontece quando tá tendo tinta na minha caneta
Ser tão simples quanto criança de favela
Do que me envolver com game ou cash só pra comprar sequela
Faço o que amo, amo o que faço, amar é fazer, sair do lugar
Conforto é estar, prefiro dizer que nada e ninguém pode derrubar
Aquilo de bom que cê tem pra plantar
Até que Deus diga o contrário, vou fazer
Vou fazer e ninguém pode me julgar
Sua memória é testemunha dos seus atos
Lembrei do frio da city, que essa neve me causa renite
De brinde me identifico, zero grau igual meu músculo cardíaco
E me indicaram até o hospício
Trocaram os vícios e as malícias propícias a iniciar conflitos
Farto e faminto, tio

[Refrão: Gengiskã & Pete Mcee]
Shh, shh, som do silêncio
Aprenda a escutar pra também absorver
Shh, vish, Som 172
Se renda ao nosso incêndio e se faça entender
Shh, shh, som do silêncio
Aprenda a escutar pra também absorver
Shh, vish, Som 172
Se renda ao nosso incêndio e se faça entender
Shh, shh, som do silêncio
Aprenda a escutar pra também absorver
Shh, vish, Som 172
Se renda ao nosso incêndio e se faça entender