Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
Vitor Ramil
[Verso 1]
Sinto hoje em Satolep
O que há muito não sentia
O limiar da verdade
Roçando na face nua
As coisas não têm segredo
No corredor dessa nossa casa
Onde eu fico só com minha voz
A Dalva e o Kleber na sala
Tomando o mate das sete
A Vó vem vindo da copa
Trazendo queijo em pedaços
Eu liberto nas palavras
Transmuto a minha vida em versos
Da maneira que eu bem quiser
Depois de tanto tempo de estudo
Venho pra cá em busca de mim
Oh, oh
[Verso 2]
E o céu se rirá d'amore
No olho azul de Zenaide
Outrora... lembras flamingos
Jê ne se pá, singulare
Yê na barra uruguaia
E letchussas no Arroito
Marfisas gemerão de paz
No The Lion!
La Jana torpor vadio
Cigarra sem horizonte
Lia, Alice e a lua
Num charque sem preconceito
O cisne negro aprisona
O bélico amor perdido
E a esma num bissaje só
Cativa alguém
Nessa implosão de signos e princípios
Eu guardo o Joca e ele a mim
Oh, oh
[Verso 3]
O teu nome, Ana, escrito
No braço da minha alma
Persiste como uma estrela
Nas horas intermináveis
Chuva, vapor, velocidade
É como o quadro do Turner
Sobre a parede gris da solidão
So-to-me-lo te verás-me
Como-lho-me verte-ás-nos
Solo te quiero dizer-te
Que me sinto mui contento
Porque vou na tua casa
E lemos cousas bonitas juntos
No silêncio eu pego em tua mão
Tu do meu lado e eu no teu quarto quieto
Teu ser se confunde no meu
Oh, oh
[Verso 4]
Vitorino de La Mancha
Minha luta se resume
No compasso de um tango
Na minha triste figura
Meu piano rocinante
A yoga e o chá no fim da tarde
E depois a noite e meu temor
Eu converso com o Kleiton
Na mesa da casa nova
Sobre a vida após a morte
Sobre a morte após a vida
Vencedor é o que se vence
E a falta do Kleber é dura
O que a gente quer é ser feliz
A paz do indivíduo é a paz do mundo
E viva o Rio Grande do Sul!
Oh, oh
[Verso 5]
Só, caminho pelas ruas
Como quem repete um mantra
O vento encharca os olhos
O frio me traz alegria
Faço um filme da cidade
Sob a lente do meu olho verde
Nada escapa da minha visão
Muito antes das charqueadas
Da invasão de Zeca Netto
Eu existo em Satolep
E nela serei pra sempre
O nome de cada pedra
E as luzes perdidas na neblina
Quem viver verá que estou ali
Satolep was written by Joca D’Ávila & Vitor Ramil.
Satolep was produced by Kleiton & Kledir.