Sam The Kid & Napoleão Mira
Sam The Kid
Sam The Kid & NBC (Natural Black Colour)
Sam The Kid & GQ Barbosa
Sam The Kid & SP Deville & & Branko
Sam The Kid
Sam The Kid & SP Deville & Snake O.G.
Sam The Kid
Sam The Kid & Valete
Sam The Kid & Kalaf & Branko
Sam The Kid
Sam The Kid
Sam The Kid
Sam The Kid & Napoleão Mira
Sam The Kid & Melo D
Sam The Kid & NBC (Natural Black Colour) & Carlão (PRT)
Sam The Kid
“Retrospectiva De Um Amor Profundo” é, possivelmente, um wordplay para formar a sigla RAP, e fazer uma retrospectiva do seu amor pelo mesmo, retratando todo o seu percurso pelo Hip-Hop, desde escrever rimas nas aulas, à criação do seu primeiro grupo, os Official Nasty, e até um relato da primeira ve...
[Letra de "Retrospectiva De Um Amor Profundo"]
[Intro]
Pareceu-me que pretendias agradar-me embora não me conhecesses
Convenci-me que me havias distinguido entre todas
Aquelas que estavam comigo
O encantamento que sentias quando estavas a sós comigo
[Verso 1]
Nunca curti viver à base do quase
Adolescência passa a dependência fica, é um embaraço
Caso eu vencesse o preço era alto demais
Perder tempo com outra coisa quando só tu é que me atrais
Lembras-te quando começamos? Soltaste a voz no meu ouvido
Agora somos só nós, H2O's foi o cupido
Nunca esqueço o começo, sei que 'tavas na TV
Mas sinceramente não sei dizer o que eu vi em ti
A partir daí o meu tempo foi todo teu
Tua origem cresceu, minha origem nasceu
Comecei com poemas, tinha mil temas para conversas
Quando essas foram feitas já em situações diversas
Não tinha instrumentais, mas tinha imaginação
Fui à baixa comprar uma caixa de percussão
Já tinha um teclado emprestado
Comecei os primeiros beats, sem meios guardei-os
São outros tempos, outros aparelhos
(Renovar os velhos tempos)
É quando apareces e eu liberto o meu talento
É quando a flor cresce, algumas já tem avanço
24 horas a criar sem descanso
24 anos com um espírito aberto
Penso, danço, venço, perco
('Tá wack, tá wack!)
(Não, sim senhora, bem visto)
És complicada, como amor louco
Pouco a pouco dou-te tudo mas não dás troco
És como a morte, quando junta pessoas e aperfeiçoas o valor
Nunca enjoas, se assim for eu sei que morro de amor
Morro de amor por ti, mas antigamente eu não sabia
Que mesmo sem anatomia és a minha melomania
Na escola, quando escrevia rimas da minha autoria
Nem sonhava que um dia
Minha palavra se iria espalhar em parceria
Eu e tu, vale tudo
Eu canto, enquanto estudante durante o intervalo
Depois de conhecer o Igor, o Sheriff e o Paulo
Vamos fazer um grupo e porque não "oficiá-lo"?
O local é no quarto, moral é espalhar-te
Vocal o combate para mais tarde divulgar-te
Pelas ruas, à espera que contribuas
Para ver dias melhores, em Lisboa e arredores
Rimas são tuas e eu detesto quando amuas
Tira a roupa, assim nua, insinuas pormenores
Maquetes em cassetes, falhas, repetes
Metes na rádio onde façam reptos
[Bridge]
Oh ai, será que o som vai passar?
Mas não vai, passar porque a qualidade é lo-fi
Mas espera, eu conheço esta batida, "Escola da vida"
Pela primeira vez, na Antena 3...
[Interlúdio: José Mariño]
É o Repto na Antena 3, com música de Chelas
O projecto "Official Nasty"
Daddy O Pop, 2 Much, Sheriff e Sam The Kid
A "Escola da vida" para terminar o programa de hip-hop da Antena 3
See you soon, for another cartoon (car tune)
[Verso 2]
E isso moraliza, motiva, cultiva o ego, não nego
Prefiro ser o homem que se segue
Do que o homem que se suga, eles comem e dão a fuga
Sou um jovem que só vem para ficar com interrogações
Nunca pensei em fazer canções
Apenas poemas e algumas partes com refrões
Primeiro concerto, cassete a dar o playback
O mic a dar o feedback, como é que querem que eu rap?
Se eu não percebo o que é que eu tou a dizer?
Não há prazer, sem condições, são as ligações, merda de fios
Oiço assobios, mas não há vergonha, continuas bela
(Oh, tira o beat) Apaga o som e o mic, eu dou-lhe acapella
A paka apela e marca a pele a um puto sem cautela
Clientela vou mantê-la e expandi-la num bestseller
Duvidas? Vou-me aplicar nas batidas
Brincar com cantigas antigas, perdidas no tempo
Não digas e mente, casamento ilegal
Não é que vá te queimar ou que te mate
Mas a caixa já não bate
A razão principal dos outros estarem à frente
Alma presente sem tocarem instrumentos
Conhecimentos feitos com pessoas fora de Chelas
Funky D, Master Pula, os primeiros de algumas delas
É lastimável mas o grupo não progrediu
Teorias podia te as dar e, divagar no vazio
Não era que eu de todos fosse o teu melhor amigo
Mas era o que estava disposto a passar mais tempo contigo
Eu e tu, a solo, assim que eu me isolo
Do coração para coluna, com uma aluna de Apolo
Em prol da música, luz e canetas uso e gasto
Água e gás não é preciso para aquilo que me dás
Já criaste fãs, na tuga és popular
Acho que já posso sair e poder ouvir-te num bar
No Johnny Guitar, microfone aberto, microfone aborto
Não entro na battle margem sul, margem norte
É ridiculo, e toda a gente sabe
Apresentado pela FM, Radical
Ataque Verbal do Pacman e KGB, os MC's em iniciação
Não feches os olhos, senão o mic sai-te da mão
Passei a demo ao Carlão, reacção foi imprevista
Primeira aparição numa primeira entrevista
Eu vou registando todo o arquivo evoluindo
Ainda distante do objectivo que é pretendido
O lixo já é tanto que enche gavetas com letras
Ganho um fetiche num instante por tudo o que tu representas
Amo o teu som com emoção, séria ou cómica à química
Ou na vertente anatómica sem palavras, só mímica
Quero uma história contigo e ser o teu narrador
E estar a par do que pões ao dispor na Bimotor
Bar-bosa já era na altura o partner na cultura
O expert da futura vida que viria a ter
Eu era o cromo com fome, escrevia álbuns nas aulas
Para entrega-los às rádios que tinham mais poder de alcance
E portugal dance, e oiçe o som que sai
Do quarto onde pára o Marco, o Nuno e o July, Patch
Toda a gente me apoia e motiva
A minha escolha de por na folha uma diva
Que és tu? Tu deste-me uma veia criativa
A hipótese de fazer uma sinopse da vida
E eu fugi do cliché, não fui intruja da cena
O meu primeiro cachê, foi com a Uja e a Milena
A quantia foi pequena mas valeu a pena
Pela experiência fora da área da minha residência
Até que um dia fui ao ISCTE ver Mind da Gap
E o Sanryse apresentou-me ao DJ Bomberjack
Já tinha ouvido o meu nome
Estava a gravar uma mix e ele convidou-me para entrar
E entretanto apareceu a Godzilla
E o MC ganhou a hipótese de ser dealer, então vou dealar
Traficante com carinho, sozinho a pôr o autocolante
É pro vizinho, ou quem for, sou vendedor ambulante
É o Entre(tanto), Xeg e Sam, sétimo céu, reflexo
Beats da Boss gravados num Fostex
O trabalho é nosso, a duques para quem possa
Ouvir e concluir que a tuga tambem tem loops
Contigo sou felizardo, subo para o clube hard no norte
E se houver sorte eu não ouvirei apupos
Muitos grupos, eu vi muitos putos a vir
Muitos protestavam, outros detestavam putos assim
Vou a "butes" ao fim do mundo ter com o Mundo MC
E longas caminhadas feitas com o NBC e o Tito
Dou-te um beat e tu dá-me atitude, pra mim tudo há em ti
Só me falta estar ligado em MIDI
Mas isso é outra história, outro mundo, outros tempos
Isto é pré-profissões, edições independentes
[Outro]
É então isto que me dás em troca de tanto amor?
O amor que é mais forte, uniu-nos para toda a vida
E tu? Se tens algum interesse por mim, escreve-me muitas vezes
Bem mereço o cuidado de me falares do teu coração
Agora sabes o que penso, com estas rimas eu venço
Agora sabes o que penso, com estas rimas eu venço
Oh, quanto fica ainda por dizer
Retrospectiva De Um Amor Profundo was written by Sam The Kid.
Retrospectiva De Um Amor Profundo was produced by Cool Hipnoise & Sam The Kid.
Num live no seu Instagram, em julho de 2020, Sam The Kid corrigiu a letra desta música.