Rei dos Gazeteiros

[Letra de "Rei dos Gazeteiros"]

[Verso 1]
Sentado no meu quarto a cumprir pena
De cana, farto de ser parte do problema
Quem manda, diz que eu só estou bem a fazer estragos
E quando estou por perto os dias ficam mais amargos
Resumo, eu sou tipo aquele alvo do costume
Para ocultar a relação que já perdeu à muito o rumo
Acendo e puxo o fumo, perfume marroquino
Perdi me num segundo e dei de caras com o abismo
Viver é mesmo assim não pensar em népia
Estudar é para esses geeks, aulas são uma seca
Eles pintam me um futuro em cor de cinza
Se eu não mudo esta atitude negativa
É tipo as notas, cair a pique nunca foi derrota
Manter a tripe é tudo, ser livre é o que importa
Ambição eu tenho, vê me a jogar a batota
E quando toca para entrar sabes bem que eu fico a porta

[Refrão]
Para que é que eu vou mudar, lutar para ser alguém
Se na verdade isto é uma farsa e tu és um refém
E a escola não ensina nada que eu não saiba
E só acabo a ver a vida mais quadrada
Estou na via errada a gritar ninguém me trava
Dizem que é feitio, que um gajo não se enquadra
A enrolar os dias e a queimá-los com um isqueiro
Eu sou uma lenda viva, o rei dos gazeteiros

Bué da baldas, bué da bué da baldas

[Verso 2]
Ainda quis tentar, passava os dias a sonhar em estar noutro lugar
Talvez no skateparque
É ver o prof aproximar-se e dar me caldos
Horário é bué da facil é um constante intervalo
Só curto andar ao estalo com os putos que cantam de galo
Se me apanham nunca falo são manos não vou xibà los
Eu estou no auge sem uma causa firme
Ando em brasa porque em casa aquilo é tipo regime
E não disfarço a revolta eu só tou bem com a team
Olho a volta e quase tudo deprime
È mesmo assim, só quero andar atrás delas
Só quero andar atrás delas
Chega a parte em que todas me odeiam
Porque sabem que fui eu o primeiro e dei de fuga
Boy nesta vida eu só sigo um roteiro
Sou o rei dos gazeteiros nunca peço desculpa

[Refrão]
Para que é que eu vou mudar, lutar para ser alguém
Se na verdade isto é uma farsa e tu és um refém
E a escola não ensina nada que eu não saiba
E só acabo a ver a vida mais quadrada
Estou na via errada a gritar ninguém me trava
Dizem que é feitio, que um gajo não se enquadra
A enrolar os dias e a queimá-los com um isqueiro
Eu sou uma lenda viva, o rei dos gazeteiros