[Letra de "Catarse" ft. Carlão]
[Verso 1: TNT]
Bato de porta em porta a ver se alguma abre
A minha paciência quase que esgota
Sinto que me falta um milagre
Vejo a vontade a dissipar se, o ócio a instalar-se
Negocio vence a arte, sou o próximo a falhar
Dizem que ser artista em part time é tipo rimar com um açaime
É como ser doutorado e ir bulir para os andaimes
Mandai-me as vossas vibes, fiz um granda disco
Correndo o risco de não vingar e ninguém saber que eu existo
Invisto dias noite, insisto até ao osso
Até ao ponto em que ela me diz amor tu estas a ficar louco
Só sei que tenho uma fera dentro do peito
Que me devora as entranhas
Que corrói o juízo e diz me que a fé não move montanhas
Mas tu não enganas a sorte, desdenhas a morte
Mantendo a esperança que o tempo que foge talvez ainda volte
E traga de volta os meus fãs
E o caminho para o camarim
E eu que fiz tantos planos
Estão a vivê-los por mim
Dizem que passado uns anos se não vingaste há algo de errado
Há caldo entornado
E sonhos não pagam o passe para apanhares o barco
Para ir trabalhar e talvez quem sabe ganhar um premio
E eu que só queria ser como o Lamar e ganhar um grammy
[Refrão: Carlão]
Wellas e trelas com belas novelas e contos de fada
Muxelas fatelas com elas xinelas que estão bem cansadas
Congelas canelas porque elas estão fartas de tantas pancadas
Sequelas daquelas mazelas não podem cortar-te as pegadas
Nunca
[Verso 2: TNT]
Pinturas de guerra vou para o combate e abato tudo na mira
E tudo farinha do mesmo saco, mesma conversa
E a mesma postura
E ver a vaidade e ver que a verdade não vem com receitas
Quando e que aceitas que só farás
Parte se partilhares a cama onde te deitas
E eu tenho a perfeita noção, que nunca foi chave na mão
Nunca fui escravo daquilo que bate
E tudo o que faço é de coração
Não sou capaz de fingir, jogar o jogo, ser diplomata
E sei que isso mata qualquer hipótese de continuar
Por esta estrada fora
É tipo uma estaca no peito
Porque eu já estava no meio
Não sabes o nome, andavas onde?
Talvez a brincar no recreio
Mas endurance é o que me destingue
Quando entro no ringue sem contrapartidas
Estiquei a corda, enganei a morte, mas agora volto
Puta de vida
[Refrão: Carlão]
Wellas e trelas com belas novelas e contos de fada
Muxelas fatelas com elas xinelas que estão bem cansadas
Congelas canelas porque elas estão fartas de tantas pancadas
Sequelas daquelas mazelas não podem cortar-te as pegadas
Nunca