Pergunta ao vento

[Verso 1]
Fado
Primeiro veio o verbo, ah?
Nuvem a céu aberto, dá-me
A ligação com o eterno fado
Tou debaixo do teto da saudade
A saudar como um brinde
Não te vou dar um brinde
Vim da loja dos 300, redeem instrumentos
Caça, é coisa de agora
Os primeiros momentos foram todos lá fora
Groovepunch foi este brother que fez o faroeste andar de rodas
Já não é o tempo do punk, do roda
Agora a moda é funk, é crank, é trap
O motor de arranque veio daquele rap sem rec
Beatbox e uma roda, papo reto
A falar do que te diverte e o que te incomoda

[Intelúdio]

[Verso 2]
Andam a dormir na parada
Vão chegar a velhos não tarda
E como os velhos da velha guarda
Vão olhar para os novos, novos com raiva
Riso maluco é terapia saudável
Como [?] para controlar o ímpeto
Ensinar os putos que masturbação não é crime
E os distúrbios têm uma solução palpável
Do estúdio eu não saio, se [?]
Fico até de manhã
E para mim é aplicável a expressão
Pois até parece que vim mesmo da Lourinhã
O toque americano com raiz aristocrata
O meu fado é o que eu canto até ser uma estátua
Parado no tempo a ouvir o eco do tempo que passa

[Interlúdio]